Durante pronunciamento no Plenário nesta quarta-feira (9), o senador Zequinha Marinho (Podemos-PA) questionou a coerência dos dados educacionais do Pará. Segundo ele, os números apresentam uma melhora "repentina" no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), mas contrastam com outros indicadores que apontam baixo desempenho.
O senador destacou que o estado saltou da 26ª para a 6ª posição no ranking do Ideb — que mede desempenho e taxa de aprovação dos estudantes da educação básica — enquanto continua com a pior taxa de frequência líquida no ensino médio e ocupa a 25ª colocação no Índice de Oportunidade da Educação Brasileira (Ioeb) — usado para mensurar o acesso à educação de qualidade. Para ele, essa discrepância revela a urgência de tratar a educação com mais seriedade.
— O governo do estado fez uma mágica para poder melhorar o seu Ideb. Esses números não são apenas estatísticas, são o retrato de um futuro comprometido, de talentos que não são desenvolvidos, de sonhos que não são alcançados. A educação é a base de tudo. É a ferramenta mais poderosa para transformar vidas, para gerar oportunidades e para impulsionar o progresso de uma nação. Se isso não acontecer, a tragédia é certa — disse.
O Ideb é uma métrica do governo federal, enquanto o Ioeb é elaborado pela Roda Educativa, uma organização da sociedade civil.
Zequinha defendeu a aprovação da proposta de emenda à Constituição que reconhece a educação como "vetor de progresso" do país ( PEC 137/2019 ). Segundo ele, a medida reforça o papel da educação como instrumento de desenvolvimento econômico e social, especialmente nos estados que enfrentam desafios históricos na área.
— A aprovação da PEC é um passo fundamental para que o Brasil e, em especial, estados como o meu possam virar essa página. É um compromisso constitucional com a prioridade que a educação merece. É a garantia de que os investimentos e as políticas públicas serão direcionadas com a seriedade e a visão de futuro que a educação exige — declarou.
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