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PF faz nova operação para retirar invasores da Terra Indígena Karipuna em RO

Mais uma operação para retirar invasores da Terra Indígena Karipuna foi realizada nesta segunda-feira (29), entre os municípios de Porto Velho, Nova Mamoré (RO) e Buritis (RO). A ação foi feita por meio da Borda de Proteção II, da Polícia Federal (PF).

Segundo a polícia, a operação é “uma continuidade dos trabalhos de retirada de invasores do território, além de uma forma de prevenção, para que pessoas não adentrem e permaneçam no local sem permissão legal”.

Nesta segunda-feira, os policiais encontraram ponte de madeira dentro da área indígena. Essa estrutura era usada pelos invasores para retirar madeira de forma ilegal de dentro da reserva.

Após o flagrante, a estrutura foi isolada e inutilizada com o uso de explosivos. Nenhum suspeito foi encontrado na área, mas a polícia diz que vai seguir com a investigação.

Flagrantes em maio

No dia 11 de maio, a PF também realizou uma operação na Terra Indígena Karipuna para combater invasão. Na ocasião os agentes encontraram 12 pontos de desmatamento, além de 20 madeireiras e serrarias instaladas nas proximidades da reserva.

Em primeiro dia da ação, agentes encontraram madeireiras perto da reserva — Foto: PF/Reprodução

A ação para retirada de invasores da Terra Indígena Karipuna prendeu um suspeito e suspendeu as atividades de 14 empresas.

Doze madeireiros flagrados na região vão responder pelos crimes de extração ilegal, inserção de dados falsos no sistema de controle ambiental e receptação de madeira ilícita. Mais de 7,4 mil m³ de madeira foi apreendido e R$ 1,5 milhão de multa aplicado.

TERRA INDÍGENA MAIS DESMATADA

A Terra Indígena Karipuna tem mais de 150 mil hectares de área e fica situada a 100 quilômetros da área urbana de Porto Velho.

No ano passado, um relatório do Observatório da BR-319 apontou que a Terra Indígena Karipuna foi a mais desmatada entre as 69 áreas indígenas que ficam no entorno da rodovia federal BR-319.

De janeiro a dezembro foram 1.733 hectares desmatados na TI Karipuna, basicamente metade de todo o desmatamento registrado nas 10 terras indígenas localizadas no eixo da BR.

2022 também foi o que a T.I mais queimou, concentrando o maior número de focos de queimadas, de acordo com dados do relatório.