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Porto Velho é a cidade que menos oferece água potável à população, aponta estudo

Porto Velho é a cidade do Brasil que menos oferece água potável à população, segundo o Instituto Trata Brasil. Apenas 26,05% dos moradores são atendidos: índice menor do que o divulgado no último ano, quando a capital também foi identificada como a pior do ranking.

O ranking do Trata Brasil avalia o acesso à água potável, coleta e tratamento de esgoto nas 100 maiores cidades do país. Porto Velho segue nas piores colocações pelo 10º ano consecutivo, conforme os dados divulgados nesta segunda-feira (20).

Apenas 5,8% da população portovelhense têm coleta de esgoto. Além disso, o tratamento desse resíduo é um serviço inexistente na capital de Rondônia. Somente Porto Velho e São João de Meriti (RJ) estão zerados nos indicadores de tratamento de esgoto.

De acordo com o Instituto, uma quantidade referente a oito piscinas olímpicas de esgoto sem tratamento são despejadas na natureza, somente em Porto Velho.

O estudo aponta que a capital também tem o pior desempenho quanto às perdas na distribuição da água para a população, que é de 77,21%. Segundo o Instituto, a cidade perde mais de 1,5 mil litros de água por dia.

“Quando não se tem acesso a saneamento básico, existe uma série de doenças de veiculação hídrica que podem ser transmitidas: dengue, esquistossomose, leptospirose e malária. Existe maior atraso escolar e, consequentemente, a geração de renda e desenvolvimento e ascensão social das famílias também é pior”, aponta a Presidente Executiva do Instituto Trata Brasil, Luana Pretto.

Confira pontos em que Porto Velho está em último lugar:

 O menor percentual de atendimento urbano de água também foi em Porto Velho: 28,57%.

  • Pior desempenho quanto às perdas na distribuição da água para a população: 77,21%
  • A cidade que menos oferece água potável à população: 26,05%
  • Uma das duas cidades que não oferece nenhum serviço de coleta de esgoto: 0%

O que diz a Prefeitura de Porto Velho?

O Prefeito de Porto Velho Hildon Chaves deu entrevista ao Jornal de Rondônia 1ª Edição (JRO1) nesta segunda (20). Segundo o gestor, a operacionalização do serviço é deficitária.

“Estamos com a nossa Parceria Público Privada praticamente pronta e a nossa expectativa é que façamos esse leilão ainda nesse semestre na bolsa de valores de São Paulo. Isso traz credibilidade ao nosso projeto. Essa é uma obra que vai durar quase 10 anos, mas é a obra mais importante da história da nossa capital”, disse Hildon.

A empresa que vencer esse leilão deve ficar responsável por explorar o serviço de água e esgoto na capital por mais de 30 anos.

O g1 entrou em contato com a Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (Caerd) que ainda não se pronunciou oficialmente sobre o estudo do Trata Brasil.